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sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Música: Omnia


"É uma banda holandesa que intitula-se como 'Neoceltic Pagan FolkLore' (música folclórica pagã celta) com base na Holanda e Bélgica. Seus membros são da Irlanda, Alemanha, Inglaterra e Bélgica. A música assume o ritmo de variadas culturas, como irlandesa, inglesa ou mesmo afeganistã.

Omnia baseia-se nas religiões pagãs da Antiguidade, especialmente a celta (Druidismo). As músicas são relacionadas a divindades e aos tipos de cultos que eram feitos na época antiga e medieval. 

Eles cantam em gaulês, inglês, irlandês, bretão, finlandês, alemão, latim e hindi. Tocam instrumentos ritualísticos, como harpa celta, harpa de boca, sanfona, bodharán, guitarra, bouzoki, didgeridoo, flautas, gaita de foles, vários tambores e instrumentos de percussão.

OMNIA traz uma mensagem musical de respeito pela natureza, liberdade pessoal e a liberdade de pensamento e de expressão para todos. Nas palavras de Steve Sic: 'Nada é sagrado, só a natureza!'" 
- Last FM (http://www.lastfm.com.br/music/Omnia).


Omnia, na minha opinião, é uma das melhores bandas quando o pedido é relaxar. Eu não era do tipo que escutava músicas celtas. Embora eu tivesse uma playlist com artistas variados desse gênero, preferia  música moderna. Mas Omnia abriu todas as exceções que eu tinha, e além de ter sido a primeira banda celta que escutei, foi a minha porta de entrada para o gênero musical - que agora é um dos meus gêneros preferidos. Confira abaixo algumas músicas da banda:




Selecionei algumas músicas, a maioria do novo álbum. Para baixar o álbum (Earth Warrior) completo, clique aqui.
Então é isso gente, queria pedir desculpas pelo meu sumiço. Eu tinha me afastado por problemas nos estudos, mas pretendo voltar a ativa. E sempre que puder, trarei recomendações de músicas.
Blessed Be!


terça-feira, 15 de julho de 2014

A que Deus(a) devo cultuar?

Quando alguém resolve trilhar o caminho da bruxaria, ela descobre que as coisas não são tão simples quanto parece. Livros para estudar, coisas para descobrir... informações sem fim. Até porque, na bruxaria, não podemos simplesmente dizer que podemos parar de estudar porque sabemos de tudo. Isso não existe. 
Nós seremos pra sempre um estudante da magia.
E aí, depois de muito tempo estudando, descobrimos que precisamos ou necessitamos de um deus ou deusa para cultuar - não que seja obrigatório, mas é altamente recomendável. 
E agora, quem devo escolher?
Não tem uma fórmula mágica para isso. Não é só acender uma fogueira imensa, jogar um pózinho mágico e numa explosão cheia de faíscas vai aparecer um deus dizendo que é ele e mais ninguém que você deve idolatrar - não é obrigatória ter só um deus pra cultuar. 
Uma coisa que eu não acho certo, é alguém pegar um(a) deus(a) que nunca tinha ouvido falar antes, e assim, em um piscar de olhos, dizer que daria sua vida por ela. Gente, não é assim que a coisa funciona.
Só tem uma maneira de descobrir qual deus cultuar, que é estudando. Tá, mas como eu faço para escolher? 
Não é fechar os olhos, contar uni-duni-tê e cabum!, você tem sua deusa patrona. É mais complexo que isso.
Eu não cultuo nenhum deus por enquanto, eu prefiro continuar pesquisando e estudando, mesmo sabendo quem eu deveria.
 Depois que você lê ou descobre algo sobre alguém, você logo sente simpatia ou antipatia pela pessoa. Com os deuses é o mesmo. A minha deusa patrona é Perséfone. Eu não sei bem como "escolhi" ela, mas depois de saber sua história e tudo que aconteceu, eu me senti atraída. Não sei como explicar direito, mas não escolhi a Rainha do Submundo por pura vontade, mas digamos que... Ela "me escolheu". Se alguém me disesse para pensar em uma deusa, ela aparecia instantâneamente na minha mente.
E deve ser assim com a maioria das pessoas.
 Uma hora você descobrirá sua deusa, isso é uma coisa que não precisa se preocupar, pois ela irá dar seu sinal. ©

sábado, 12 de julho de 2014

Quione, a ninfa da neve.

Quione, a ninfa da neve.
Quione, embora seja retradada como uma deusa da neve na mitologia grega, é na verdade uma ninfa. Filha de Bóreas (deus do vento) e Orítia. Tem como irmãos Zetes, Calais e Cleópatra.
Quione é descrita como uma mulher bonita e orgulhosa, pele branca como a neve e olhos marrom café.
Quione engravidou de Poseidon, e deu à luz a Eumolpo. Mas para que seu pai não soubesse, jogou o filho no mar. O deus, entretanto, o recolheu e o levou para a Etiópia. Após várias aventuras, Eumolpo foi morto por Erecteu durante a guerra entre Elêusis e Atenas.
Quione, apesar de não ser muito conhecida, aparece no 1º livro da série heróis do Olimpo - como uma deusa da neve não muito amigável -, o que indica que no fim, ela não é tão "invisível" assim.

terça-feira, 8 de julho de 2014

O mito de Perséfone


Na mitologia grega, Perséfone (ou Prosérpina em latim) é a deusa das ervas, flores, frutos e perfumes. É filha de Zeus e Deméter, deusa da agricultura.
Quando os sinais de sua grande beleza e feminilidade começaram a brilhar, em sua adolescência, chamou a atenção do deus Hades que a pediu em casamento. Zeus, sem sequer consultar Deméter, aquiesceu ao pedido de seu irmão. Hades, impaciente, emergiu da terra e raptou-a enquanto ela colhia flores com as ninfas, entre elas Leucipe e Ciana, ou segundo os hinos Homeroicos, a deusa estava também junto de suas irmãs Atena e Ártemis. Hades levou-a para seus domínios (o mundo subterrâneo), desposando-a e fazendo dela sua rainha.
Sua mãe, ficando inconsolável, acabou por se descuidar de suas tarefas: as terras tornaram-se estéreis e houve escassez de alimentos, e Perséfone recusou-se a ingerir qualquer alimento e começou a definhar. Ninguém queria lhe contar o que havia acontecido com sua filha, mas Deméter depois de muito procurar finalmente descobriu através de Hécate e Hélio que a jovem deusa havia sido levada para o mundo dos mortos, e junto com Hermes, foi buscá-la no reino de Hades (ou segundo outras fontes, Zeus ordenou que Hades devolvesse a sua filha). Como entretanto Perséfone tinha comido algo (uma semente de romã) concluiu-se que não tinha rejeitado inteiramente Hades. Assim, estabeleceu-se um acordo, ela passaria metade do ano junto a seus pais, quando seria Koré, a eterna adolescente, e o restante com Hades, quando se tornaria a sombria Perséfone. Este mito justifica o ciclo anual das colheitas.

Hades e Perséfone tinham uma relação calma e amorosa. As brigas eram raras, com exceção de quando Hades se sentiu atraído por uma ninfa chamada Menthe, e Perséfone, tomada de ciúmes, transformou a ninfa numa planta, destinada a vegetar nas entradas das cavernas, ou, em outra versão, na porta de entrada do reino dos mortos. Persefone interferia nas decisões de Hades, sempre intercedendo a favor dos heróis e mortais, e sempre estava disposta a receber e atender os mortais que visitavam o reino dos mortos à procura de ajuda. Apesar disso, os gregos a temiam e, salvo exceções, no dia a dia evitavam falar seu nome (Perséfone) chamando-a de Hera infernal.

Perséfone, por sua beleza sempre atraiu muitos olhares. É inimiga de Afrodite por ser esta muito bela. Até Zeus, seu pai, se sentiu atraído por sua filha e conta-se que tiveram um filho juntos em forma de serpente, que seria o Sabázio. Também teve um amor com Hércules e com ele teve um filho, o Zagreus.

Afrodite e Perséfone além de ficarem rivais pela beleza, também lutaram pela posse de Adônis, um belo rapaz que era amado por ambas. Afrodite, para preservar Adônis, o prendeu em um baú e mandou a Perséfone para que ela cuidasse (quando esse ainda era um bebê), mas ao chegar às mãos dela, ela abriu o baú e se encantou com sua beleza e se recusou a devolver para Afrodite. Foi então que Zeus decidiu que Adônis ficaria um terço do tempo com Afrodite e outro terço com Perséfone, e os outros dias faria o que ele quisesse.

Referências:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Perséfone
http://www.infoescola.com/mitologia-grega/persefone/

domingo, 15 de junho de 2014

The Kelpie

Kelpie é um espírito aquático do folclore celta, que habita as profundezas de córregos e rios escoceses, podendo assumir a forma de um humano. Com base nesse conhecimento, a artista Emma Weakley decidiu fazer uma tira retratando esse mito nos dias de hoje.


Créditos (O verso do inverso)

Elementais da Natureza


O que são Elementais?
Elementais são seres diretamente ligados aos elementos - ar, fogo, água, terra e o não muito conhecido akasha. Eles operam como protetores do seu elemento "mestre". Por exemplo, o silfo protege o ar, o gnomo protege a terra, e assim por diante. Os elementeis "trabalham" para que cada elemento não sofra desequilíbrio.

Habitantes do mundo invisível aos olhos humanos que vivem num mundo e universo próprios, com suas leis, filosofia, objetivos, modo de vida totalmente particular. São como espíritos que possuem ligação direta com os elementos da natureza. Essas criaturas são por isso chamadas de espíritos da natureza uma vez que é nela que vivem estando em contato permanente com a fauna e flora, as quais têm a missão de defender.

Muitas pessoas ironizam a existência dos seres elementais, como se não passassem de pura imaginação e fantasia dos que acreditam. A própria imagem destas pequenas figurinhas da natureza acabam despertando o lado lúdico que todos nós temos. Nos contos de fadas, gnomos e fadas sempre fizeram parte das histórias, que encantaram milhares e ainda encantam outros milhares de pessoas em todo o mundo. Salamandras, ondinas, elfos, silfos e outras tantas famílias de elementais estão na natureza, com seus poderes mágicos ajudando a combater a frieza dos seres humanos que continuam insistindo em maltratar o meio em que vivem, incluindo o seu próximo.

Os seres elementais são os espíritos da natureza. Eles são associados e vivem de acordo com os quatro elementos básicos - Terra, Água, Ar e Fogo. Dizem que eles ganham forma física de acordo com a região e a cultura a que pertencem. A média de idade chega de 300 a 1000 anos, e depois que morrem, se desintegram e voltam ao seu elemento original. Em quase todas as civilizações existem registros destes elementais. No Brasil, a própria figura da Iara, elemental da água, e o caipora, guardião da mata, revelam a hipótese da existência de seres.

Nas últimas décadas, com o despertar do lado místico das pessoas, mais preocupadas com a qualidade de vida do planeta e com as relações do dia-a-dia, ocorreu uma explosão de imagens no mercado de gnomos, fadas e duendes. Os pequenos seres narigudos com aparência de camponês europeu se tornaram populares no mundo todo.

Classificação dos elementais
Elementais da terra - eles protegem os reinos mineral, vegetal e animal. Estão divididos entre gnomos, duendes, elfos e hamadríades, os espíritos das árvores.
Elementais da água - cuidam das águas doces e salgadas. Recebem os nomes de Ondinas, Sereias, Naiade (grécia), Uiara, Mãe D’água.
Elementais do fogo - comandam o fogo em todas as suas manifestações (desde uma simples chama até os incêndios) e são denominados de salamandras.
Elementais do ar - são os senhores dos ventos e do próprio ar que respiramos. Chamam-se Silfos, mas nessa categoria também se enquadram as Fadas, que são intermediárias entre os elementos Terra e Ar.

Elemento: Fogo | Signos: Áries / Leão / Sagitário | Elemental: Salamandra
Elemento: Terra | Signos: Touro / Capricórnio / Virgem | Elemental: Gnomo
Elemento: Ar| Signos: Gêmeos / Libra / Aquário | Elemental: Silfo
Elemento: Água | Signos: Câncer / Escorpião / Peixes | Elemental: Ondina 
Elemento: Éter/Akasha | É a substância de onde emanam todos os elementos da criação, elementais e signos.

Além desses elementais, que serão tratados separadamente, há muitos outros tipos de seres elementais: goblins, trolls, espíritos das águas, ninfas da floresta, ninfas da montanha, uldras, elfos, duendes, dragões, salamandras, silfos, ninfas, etc.

 Com base nas condições climáticas, podemos ser ajudados no contato:
Terra / Água = Junho, Julho, Agosto (Inverno).
Água / Ar = Março, Abril, Maio (Outono).
Ar / Fogo = Dezembro, Janeiro, Fevereiro (Verão).
Fogo / Terra = Setembro, Outubro, Novembro (Primavera).

Magia negra?


Muitas especulações giram eu torno desse termo, mas o que poucos sabem é que, não existe magia "negra" ou magia "branca". Magia é uma só, é neutra, não tem cor alguma. O que vale é o uso que se faz dela.
 Se a magia é usada para fins egocêntricos, prejudicando a pessoa na qual a magia é aplicada, ela é considerada negra. Se a magia é aplicada de forma altruísta, ela é branca. Para ambas, há sempre um Karma, o destino justo que justifica o que determinada pessoa fez no passado. Ou seja, tudo o que for dado, feito, etc., voltará para quem deu, ou fez. (Wikipédia)

Segundo a Doutrina Espírita, as ações de espíritos voltados para o mal sobre as pessoas podem ser impedidas, caso a pessoa objeto dessas ações invocar, em sua proteção, a ação de espíritos voltados para o bem. Ensina, ainda, que para que uma pessoa tenha a ajuda de espíritos voltados para o bem, ela deverá manter-se em harmonia com eles, envolvendo-se, em todas as suas atividades e práticas, com pensamentos nobres e sempre procurando auxiliar aos necessitados.

A primeira coisa que aprendemos quando estamos lidando com Magia no Paganismo é o reflexo da Natureza. A Natureza não é boa nem má, ela apenas é. O mar que sustenta peixes é o mesmo mar que mata as pessoas afogadas, causa maremotos ou afunda embarcações. Isso quer dizer que o mar "é mau"? Claro que não. As coisas simplesmente são. Da mesma forma, não existem pessoas cem por cento boas nem pessoas cem por cento más. E é assim que a eterna rivalidade de bem X mal cai por Terra. Tudo é muito complexo para caber em apenas duas classificações tão simples. Dessa forma, não existe magia branca, magia negra, magia vermelha, verde ou qualquer especificação que seja. A Magia é uma só, sempre foi e sempre será, assim como eu sou, você é, a Natureza é. (Dicas de Bruxas)

sábado, 14 de junho de 2014

Projeção Astral


Uma fonte irrevogável de conhecimento, tanto para quem está a iniciar quanto para quem já iniciou, é o Plano Astral, pois além de ser um ponto de encontro e interação de todas as criaturas (desde espíritos etéreos e humanos até fantasmas, os predominantes desse plano) é também onde existem passagens e portais para todos os outros planos existentes e através dele podemos penetrar de uma forma totalmente profunda no universo sobrenatural sem por em risco o nosso corpo físico.
      Apesar de ser a camada mais próxima do Mundo Físico, a única maneira conhecida de um humano chegar a esse plano é através da projeção astral (ou viagem astral). Uma habilidade indispensável que todos os caçadores devem dominar por completo, uma vez que existem casos que só poderão ser resolvidos no Plano Astral e criaturas que só poderão ser vistas e/ou combatidas em um plano respectivo diferente do Material.
     Essa desmaterialização corporal é uma técnica simples que consiste apenas em sair do corpo físico e valer-se apenas do corpo astral.


Habilidades Astrais
     Nosso corpo é dotado de energia e essa energia se torna mais densa e concentrada no Plano Astral (já que atravessamos a membrana do Tecido da Realidade), o que nos permite desenvolver certas habilidades, que são restringidas no nosso Mundo Físico pelo Tecido da Realidade. Esse conjunto de habilidades é conhecido por Habilidades Astrais, já que as mesmas só podem ser realizadas em Planos diferentes do Material.

Você pode aprender habilidades simples como:
- Teletransporte: no Plano Astral basta você imaginar o local que você deseja ir e que já tenha visitado no Plano Material que você instantaneamente será levado até ele;
- Levitar objetos;
- Soltar focos de energia que ferem os outros seres.

Ou mais complexas como:

- Controlar espíritos e até mesmo demônios;
- Multiplicar-se;
- Invisibilidade;
- Torturar usando a mente;
- Mudar sua forma.

OBS: As habilidades Astrais só podem ser aprendidas no Plano Astral,entretanto podem ser utilizados em outros planos e dimensões, como o Etéreo.

Notas importantes:
 ➸ O mais importante é não duvidar, acreditar no impossível, você tem que desligar sua mente de tudo que é lógico e real, você tem que se desligar da energia e barreira psíquica infligida pelo Tecido da Realidade. Só assim você poderá alcançar com êxito a Projeção Astral. Caso reste qualquer vestígio de dúvida sobre o real e o irreal, a projeção falhará.

 A prática é tudo. Talvez você não consiga da primeira vez, nem da segunda, nem da décima... Contudo, é preciso persistir, pois mais tempo ou menos tempo, a coisa acaba acontecendo.

➸ Quando você tiver bastante experiência poderá realizar a projeção apenas fechando os olhos e relaxando, sem a necessidade de realizar as técnicas e os procedimentos, acima citados. O treino é o segredo.

➸ Como foi dito, numa projeção nossa consciência sai junto com o corpo astral, e o corpo físico fica adormecido na cama. Não há perigo em deixar o corpo físico sozinho, pois ele é ligado ao corpo astral por um fio energético flexível, chamado Cordão de Prata, que pode se esticar até o infinito. Por isso, mesmo quando projetados, nós vamos estar sempre ligados ao nosso corpo material, o tempo todo.

➸ Uma vez no Plano Astral, caso queira retornar ao Material, basta encontrar seu corpo físico e voltar para “dentro” dele. Não importa o local onde estaremos no plano, graças ao Cordão de Prata, nós sempre saberemos onde encontrar nosso copo físico. É algo como uma intuição, como se nós soubéssemos qual caminho seguir para voltar ao corpo.

➸ Existem inúmeros portais dentro do Plano Astral que podem nos levar para outros planos e dimensões (como o Plano Etéreo). Todavia, as formas de descobrir a localização desses portais são incertas. Porém existem os chamados Guardiões dos Portões, que são seres semelhantes a duendes, que estão dispostos a conduzir os viajantes aos portais desejados por algum preço ou negócio (favores) específico. Enfim, negocie com eles.

Créditos: Ordem de Sales

Orfeu


Na mitologia grega, Orfeu era poeta e médico, filho da musa Calíope e de Apolo ( em outras versões, filho de Calíope com o deus-rio Eagro, rei da Trácia).
Orfeu nasceu nas vizinhanças do Olimpo, frequentado pelas musas. Ele era excelente poeta, cantor e músico, sendo considerado o inventor da cítata. Passava o dia cantando ao som de sua lira, a qual aumentou de sete para nove cordas. 
Seu canto era tão melodioso que, ao ouvi-lo, os homens mais brutais ficavam sensibilizados, as feras mais ferozes vinham repousar a seus pés mansamente, os pássaros pousavam nas árvores, os rios suspendiam seu curso e as árvores formavam coros de dança.
Devido a sua fraqueza física, Orfeu participou da expedição dos Argonautas apenas marcando a cadência dos remadores. Acalmava as brigas que aconteciam no navio com sua lira. Durante a viagem de volta, Orfeu salvou os outros tripulantes quando seu canto silenciou as sereias, responsáveis pelos naufrágios de inúmeras embarcações.
Orfeu era apaixonado pela ninfa Euridíce e casou-se com ela. Mas Eurídice era tão bonita que, pouco tempo depois do casamento, atraiu um apicultor chamado Aristeu. Quando ela recusou suas atenções, ele a perseguiu. Tentando escapar, ela tropeçou em uma serpente que a mordeu e a matou. Por causa disso, as ninfas, companheiras de Eurídice, fizeram todas as suas abelhas morrerem.
Orfeu abandonou-se à dor. O pranto de sua lira encheu os campos e subiu ao Olimpo, mas ele, cego de desespero, desceu ao Hades à procura de sua amada. Ao som de sua lira, Caronte atravessou-o em seu barco, Cérbero parou de rugir e, à sua passagem, Tântalo se esqueceu da fome e da sede, as Danaides pararam de encher o tonel furado e os sofredores se distraíram de suas penas.
Quando chegou ao palácio das profundezas, Hades e Perséfone já o esperavam.
- Muito bem - disse Hades, depois de ouvir as súplicas de Orfeu. - Permito que sua noiva o acompanhe, mas imponho uma condição: você irá a frente e ela o seguirá e, por motivo nenhum, poderá olhar para trás ou a perderá para sempre.
Orfeu deixou o salão denso de brumas cheio de esperanças e procurou a estrada que levava às portas de Hades. Mal deu os primeiros passos, sentiu que estava sendo seguido. Passos leves e tímidos o seguiam, mas nada conseguia ver com os cantos dos olhos. Não se voltou. A felicidade que sentia era imensa. Eurídice estava logo atrás e sairia com ele. As lembranças ferviam em sua cabeça e ele se apegava a elas para resistir à tentação de olhar para trás. E junto com ela, apareceu também Aristeu, apaixonado, tentando tocá-la, tentando possuí-la.
- E se a serpente não a tivesse picado? - pensou ele subitamente. - Teria ela resistido aos encantos de Aristeu? Quem sabe, no íntimo, ela também não desejava o amor daquele criador de abelhas? - procurou se lembrar do olhar de Eurídice e viu-o cheio de paixão. - Por ele ou por Aristeu?
O ciúme se instalou em sua alma.
- Preciso saber - disse baixinho - preciso ter certeza do porquê do brilho de paixão que vi nos olhos dela na última vez em que me contemplou. Se eu pudesse ver seus olhos novamente...
Foi saudade, a dúvida ou o ciúme que fez Orfeu olhar para trás? Nem mesmo ele soube dizer. Quando deu por si, estava extático, vendo a imagem de Eurídice diluir-se no ar. E a última coisa que se apagou foi o brilho da paixão que acendia seus olhos...
Mergulhado em seu sofrimento, Orfeu não quis mais nenhum contato com mulheres e isolou-se em seu meio à sua dor.
Posteriormente deu origem ao Orfismo, uma espécie de serviço de aconselhamento; ele ajudava muito os outros com seus conselhos, mas não conseguia resolver seus próprios problemas, até que um dia, furiosas por terem sido desprezadas, um grupo de mulheres selvagens chamadas Mênades caíram sobre ele, frenéticas, atirando dardos. Os dardos de nada valiam contra a música do lirista, mas elas, abafando sua música com gritos, conseguiram atingi-lo e o mataram. Depois despedaçaram seu corpo e jogaram sua cabeça cortada no rio Hebro, e ela flutuou, ainda cantando, "Eurídice! Eurídice!"
Chorando, as nove musas reuniram seus pedaços e os enterraram no monte Olimpo. Dizem que, desde então, os rouxinóis das proximidades cantaram mais docemente que os outros. Pois Orfeu, na morte, se uniu à sua amada Eurídice.
Quanto às Mênades, que tão cruelmente mataram Orfeu, os deuses não lhes concederam a misericórdia da morte. Quando elas bateram os pés na terra, em triunfo, sentiram seus dedos se espicharem e entrarem no solo. Quanto mais tentavam tirá-los, mais profundamente eles se enraizavam. Suas pernas se tornaram madeira pesada, e também seus corpos, até que elas se transformaram em carvalhos silenciosos. E assim permaneceram pelos anos, batidas pelos ventos furiosos que antes se emocionavam ao som da lira de Orfeu, até que por fim seus troncos mortos e vazios caíram.